terça-feira, 22 de abril de 2014

pagã

num Carnaval
mascarado
cê há de ser mal educado
e há de perder meu gê
cê há de ser menos apaixonado
e há de não me querer

num Carnaval
mascarada
ainda hei de errar seu nome
e vitoriosa esquecer seu rosto
conseguirei perder seu toque
e finalmente odiar seu gosto

num Carnaval
embriagada
(por fim perdida dormindo pelada!)
temerei amar de novo o mesmo nome,
e desejar de novo o mesmo gosto,
e me perder de novo pelo mesmo toque

enquanto isso,
como sempre sóbrio
(nada perdido, à espreita da caça)
cê há de me invadir a me apresentar você
e apaixonadamente me entorpecer
e me manter prisioneira desse meu querer.